quinta-feira, 14 de abril de 2011

Inflamação Crônica

A inflamação crônica dura semanas, meses ou anos, enquanto a inflamação aguda tem curta duração, horas ou dias.

A inflamação crônica ocorre nas seguintes situações:

  1. Infecção persistente por certas bactérias como por exemplo o bacilo da tuberculose
  2. Exposição prolongada a determinadas substâncias irritantes tais como a sílica
  3. Reações autoimunes como por exemplo no lupus eritematoso sistêmico

Características morfológicas

  1. Infiltrado inflamatório por células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos)
  2. Destruição tecidual que é produzida pela persistência do agente agressor ou pelas células inflamatórias
  3. Tentativa de reparo que produz tecido conjuntivo.

Os macrófagos são as principais células da inflamação crônica e acumulam-se no foco inflamatório por três mecanismos:
  1. Quimiotaxia
  2. Proliferação de macrófagos no foco inflamatório
  3. Liberação no foco inflamatório de um fator de inibição da migração de macrófagos, que os impede de abandonar o foco inflamatório

Outras células importantes na inflamação crônica são:
  1. Linfócitos - mobilizados em reações imunes (T e B) e não imunes. Interagem com os macrófagos.
  1. Eosinófilos – são particularmente abundantes nas reações imunes mediadas por IgE e nas parasitoses
  2. Mastócitos – são células abundantes no tecido conjuntivo e que podem liberar histamina, particularmente nas reações anafiláticas a drogas, venenos de insetos e reações a alimentos
  3. Leucócitos polimorfonucleares – embora sejam mais característicos das inflamações agudas, podem ser encontrados também nas inflamações crônicas.

As inflamações crônicas podem ser divididas, sob o ponto de vista anátomo-patológico, em inflamações crônicas específicas (granulomatosas) e inespecíficas.

Imunoprofilaxia e Inflamação

quarta-feira, 9 de março de 2011

Inflamação


A inflamação é uma reação do organismo frente a uma infecção ou lesão dos tecidos. Num processo inflamatório a região afetada fica avermelhada e quente, isto ocorre devido a um aumento do fluxo do sangue. Ocorre ainda inchaço e hipersensibilidade como resultado da infiltração de líquidos nos tecidos locais, aumentando, assim, a tensão da pele.
Na dor localizada participam certas substâncias químicas produzidas pelo organismo. Dentro da área inflamada ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos).
Os leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais aos macrófagos, que ingerem e digerem os antígenos e o tecido morto. Em algumas doenças este processo pode apresentar caráter destrutivo e o tratamento dependerá da causa da inflamação.

Lesão por isquemia - reperfursão

Alterações celulares induzidas pela isquemia- reperfusão.
1. Alteração do potencial de membrana
2. Alteração da distribuição de íons – aumento da relação Ca++ /Na+ intracelular
3. Edema celular
4. Desorganização do citoesqueleto de órgãos e tecidos
5. Diminuição da fosfocreatina
6. Acidose celular

A isquemia tem papel fundamental em muitas situações
clínicas perioperatórias . Apesar da revascularização
sanguínea a um órgão isquêmico seja essencial
para prevenir a irreversibilidade da lesão celular, a
reperfusão pode agravar as lesões produzidas na fase
isquêmica isolada. Assim, o dano celular induzido após
reperfusão de um órgão isquêmico é denominado de
lesão de isquemia-reperfusão.

Etiopatogênese: Relação da história natural da doença com a etiologia

Agentes agressivos ou etiológicos:

Qualquer agente que determine reações anormais na célula, podendo levar à perda da capacidade de compensação e gerar alterações bioquímicas, fisiológicas e morfológicas.
Com o aparecimento das alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, a doença já está implantada no organismo afetado. embora não se percebam manifestações clínicas, já existem alteração histológica em nível de percepção subclínica de caráter genérico, que pode ser percebida através de exames clínicos e laboratoriais orientados.
O período de incubação diz respeito a um período onde se processam todas as manifestações bioquímcas, fisiológicas e histológicas que precedem as manifestações clínicas da doença. As respostas dadas pelas defesas orgânicas podem regredir deste estágio patológico ao de saúde inicial.
Os sinais iniciais da doença, tornam-se nítidos, transformam-se em sintomas. Neste estágio clínico atinge-se uma massa de alterações funcionais no organismo acometido, que evoluem e encaminha-se então para o desenlace da doença, que pode passar ao período de cura, evoluir para a cronicidade ou progredir para a invalidez ou para a morte.
A evolução da doença pode progredir ate o estado de cronicidade ou conduzir o doene a um dado nível de incapacidade física por tempo variável. Pode produzir lesões, que representam uma porta aberta para o surgimento de novas doenças, pode evoluir para a invalidez permanente ou para a morte, e em casos raros, para a cura, processos estes que vão depender da etiologia da doença.

Normal? Patológico?

Como saber se o funcionamento do nosso corpo esta normal ou possui alguma patologia? Para identificar-mos vai aí algumas diferenças:

Normal
O normal é associado por nós mesmos a saúde do indivíduo, um bem-estar físico mental e social.
O normal é a defesa que nosso organismo tem, onde ele irá sofrer um processo de adaptação que gera uma homeostase, ou seja, um equilíbrio no funcionamento desse nosso organismo.

Patológico
Já a patologia é associada a uma doença, um distúrbio que gera a patogenia no nosso organismo, podendo essa ser assintomática ou sintomática.
A patologia é uma agressão de um determinado estímulo patológico que irá levar a uma lesão.
No patológico ha um desequilíbrio, onde irá gerar alterações, podendo ser essas estruturais ou morfológicas.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Causas gerais das lesões

Radiações

  • Inalação ou ingestão
  • Exposição com fins terapêuticos
  • Contato acidental
  • Bombas nucleares

  1. Mecanismos de lesão:
  • Ação direta sobre macromoléculas
  • Ação indireta - produção de radicais livres
  1. Tipos de lesão:
  • Agudas (degenerações ate necrose), crônicas e tardias
  • Alterações vasculares (edema, hemorragias e tombos)